sexta-feira, 28 de março de 2014

A teoria do amor



Você vai olhar-me com atenção 
Vai ver minhas rugas 
e minhas gastas linhas de expressão
Vai dizer-me com clareza 
se esse amor pode ganhar dos números
e das teorias da razão

E se o tempo não empatar
e nem as mudanças das estações nos atingir 
Esqueceremos os rótulos,
as leis da evolução,
a tal história sobre adaptação,
as criticas que más linguás dirão

Para o mundo
fecharei meus olhos 
e para ti 
abrirei meu coração 
Para os outros
me farei de surdo e mudo
Não brincarei mais do uso e do desuso
e nem me lembrarei dos amores antigos
ou das estúpidas regras sobre amar
Não serei mais incrédulo 
e nem um homem com problemas sérios

Quando estivermos juntos
a gente ignora os pedidos de licença
Não perguntaremos a idade 
Não faremos a tal conta de diferença 

Quando estivermos juntos
a gente ignora o mundo
Não veremos o que se passa na televisão
ou o que seus amigos jornalistas 
andam escrevendo na redação

Você não tem que ser minha
Não precisa ficar até de manhã
Não precisa amar alguém como eu
e nem viver o que eu já vivi
Você só precisa entender 
que enquanto eu estiver por ai 
vou ser seu e fim.

Por Ridrya Carolin

Um comentário:

  1. Ridrya Carolin,

    Obrigado por você existir como escritora.

    Um dia, com certeza ou talvez, pouco importa, haveremos de deparar com o nome dessa menina em capas de livros de sucesso ou nos créditos de alguma série, filme ou novela. Pra quem duvida ou desacredita do meu vaticínio, que espere pra ver, ou melhor, que procure ler desde já o que ela escreve. Eu sei do que estou falando, porque desde muito tempo conheço as suas peripécias literárias. Afinal, Ridrya Carolin, assim como as minhas duas filhas Ana Luiza e Ana Letícia, cometem textos que encantam por serem precoces, tanto quanto pela qualidade. Elas curtem poesia, literatura, boa música e cinema. E consomem tudo isso com a versatilidade que o mundo moderno oferece (falo da internet é claro).
    A Ridrya Carolin que eu conheço, é uma menina estranhamente madura para a idade. Ela quer estudar jornalismo para seguir no ofício de escritora. E leva isso muito a sério, tanto que emociona pela determinação e segurança que passa ao falar das suas aspirações. Foi assim comigo, quando às vésperas de se mudar de vez para Ponta Grossa, no Paraná, onde pretende estudar, visitaou as minhas filhas para se despedir e comentou singelamente comigo que, terminado o ciclo médio dos seus estudos, pretendia tornar realidade o sonho de publicar os seus livros já concluídos, isso mesmo, livros já concluídos. Sacou então, despretensiosamente, um capítulo de uma de suas obras e me deu para ler. Desde então, mesmo tendo passado alguns meses, ainda sinto a emoção agradável de poder guardar na memória o privilégio de uma "revelação".
    Talvez a Ridrya Carolin não tenha percebido, mas os meus olhos estavam marejados quando lhe devolvi o texto e gaguejei: você é uma escritora brilhante e não tem o direito de negar a nós o prazer de desfrutar de suas obras. Esse blog talvez seja uma porta que ela nos abre para o seu universo criativo, que eu sinto orgulho de ter sido um dos primeiros a ter acesso.
    Essa garota é demais.

    Antônio Levino
    Médico, professor universitário, pesquisadoe em saúde pública.

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